Entretanto o caos instala-se no galinheiro. De um lado, o frenesim dos bicos escancarados de alegria, como se as pevides passassem a cair do céu, do outro, o cacarejar dos papagaios de crista caída, como se já lhes tivessem enfiado o limão no sítio para ficarem mais tenrinhos.
Afinal, alegria e desespero sem qualquer razão de ser. A nossa galeria está em condições de afirmar que uns e outros, políticos, girls e boys de todas as cores, paineleiros ou não, com mais ou menos milho no tacho, vão poder continuar a pavonear-se encostados aos cortes dos ordenados dos papagaios públicos, defecando do alto dos seus poleiros sobre os passarinhos que lhes deram o voto convencidos que vivem num jardim zoológico livre e democrático.
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