domingo, 9 de janeiro de 2011

papagaios preparam-se para a guerra no zoo

o rambito






















Depois de anos, na assembleia da república da passarada, a servir de escudo às balas dirigidas ao exército de papagaios rosa – sempre de sorriso maquiavélico, mãos nos coldres e balas na ponta da língua –, e depois de ter deixado sair das entranhas o instinto de uma espécie de rambo de trazer por casa, ao afirmar que o que mais gostava de fazer era tratar à paulada os seus opositores de direita, o nosso primeiro papagaio não podia lembrar-se de melhor posto de comando para o papagaio camuflado por detrás da alcunha de Santos Silva do que o poleiro da guerra. O problema é que o rambito, supostamente em conluio com o seu colega que mandou vir as chaimites bem equipadas com armas e até bombas de água – certamente para lavar a cara dos sindicalistas que se preparam para levar para a rua os espoliados deste zoo –, está sair da casca e até a tornar-se perigoso para os seus próprios correligionários. Isto porque, ao contrário do que diz, de uma forma geral, toda a bicharada e também os seus comandantes hierárquicos, os submarinos comprados à Alemanha são necessários, podem vir a ser úteis, e estão bem entregues. A verdade é que, talvez por influência do nosso grande amigo Hugo Chaves, parece estarmos perante a militarização do regime. Não se sabe é se essa militarização está a ser feita às claras, se de forma subterrânea. O que sabemos é que as unidades militares estão a ser assaltadas, facto que leva o rambito a lamentar com uma estranha bonomia, e ninguém consegue explicar as motivações dos ditos assaltos. Esperemos que não passe de uma acção de ladrões de bombas de gasolina mais sofisticados. Se assim for, a passarada pode ficar tranquila, porque se trata apenas de mais uma quadrilha num país de ladrões, onde se rouba tudo e mais alguma coisa, até discursos, como foi o caso daquele papagaio tresloucado que cacareja obsessivamente sobre a construção da linha de TGV e da terceira ponte sobre o rio Tejo, ao surripiar a redacção do seu secretário de estado para encerrar o 20º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações. E este é de facto um papagaio que retrata fielmente o que de mais lamentável se passa neste zoo. Basta observá-lo: sempre de olhos esbugalhados, completamente atarantado, num constante esbracejar de tiques e maneirismos que denotam a esquizofrenia galopante que se instala poleiro a poleiro, ninho a ninho, árvore a árvore, mata a mata, como numa verdadeira guerra.
o tresloucado

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