domingo, 20 de fevereiro de 2011

Os papagaios e o estado da nação


Papagaio Pinto Pardal, depois de declarar que o primeiro papagaio nada tinha a ver com o caso Freeport, depois de reclamar mais poderes do que aqueles que a rainha de Inglaterra possui, e de mandar instaurar inquéritos disciplinares de que nunca resulta nada de concreto, como foram os instaurados a Cândida Almeida Papagaio e a Lopes da Mota Papagaio, acaba de afirmar que o segredo de justiça é uma fraude e volta a dizer que acredita que existem escutas ilegais em Portugal. Todavia, em tom de lamúria, limita-se a dizer que não pode fazer nada. O que leva à questão sacramental: afinal, para que serve ocupar aquele cargo?
Só podemos chegar à conclusão que é mais um papagaio à altura do governo, está lá, no poleiro, a prazo. Não manda nada, arranja encrencas, vitimiza-se e não se põe a voar dali para fora nem à lei da bala.
Mas é certo que também está à altura da oposição.
Como a passarada da chamada esquerda, está lá, no poleiro, a lançar moções de censura sem qualquer objectivo que não o de se afirmar um socialista sério, e como os da direita, a admitir que está tudo mal, embora preferindo assistir ao apodrecimento do estado da nação zoológica.
Estamos convictos de que, na lógica deste processo lento da abertura da caixa de Pandora, não tardará muito, vai desafiar os urubus da comunicação social a procurarem descobrir as listas negras das associações subterrâneas que comandam este país. E, então, cairá definitivamente do poleiro.

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